Amar, proteger e ensinar os filhos são comportamentos comuns entre os pais. Isso é extremamente necessário para que a criança desenvolva suas emoções e habilidades, porém alguns pais ultrapassam o limite da proteção e acabam fazendo com que os filhos se tornem seres humanos dependentes e com problemas de desenvolvimento.

Os pais superprotetores só pensam no bem-estar do filho e que ele não passe por situações constrangedoras ou inconvenientes. Porém, tudo em excesso é prejudicial, principalmente para os pequenos, que estão em fase de desenvolvimento intelectual e pessoal.

É importante que a criança caia, chore, se decepcione, pule na piscina e se suje de terra. Tudo isso faz parte de seu crescimento e gera experiências que ela mesma julgará serem positivas ou negativas. O papel dos pais é observar esses acontecimentos e alertar os filhos e não proibi-los de fazer algo por ser perigoso ou, em seu modo de ver e pensar, “vergonhoso”.

As crianças possuem pensamentos puros e sinceros. Abortá-los é algo muito ruim, pois cria uma barreira interna para elas. Algumas atitudes, aparentemente inofensivas, prejudicam o desenvolvimento das crianças sem os pais perceberem. Por exemplo, ao levar a criança ao banheiro antes mesmo que ela peça para ir. Isso pode fazer com que ela tenha dificuldades de identificar suas próprias necessidades fisiológicas.

Outro ponto é quando os pais fazem as tarefas que os filhos já têm a capacidade de fazer sozinhos, como tomar banho, se vestir, comer e amarrar os calçados. O efeito da superproteção para as crianças é claro: os filhos de pais superprotetores crescem com dificuldade em lidar sozinhos com seus problemas se não tiverem aprendido a resolver seus problemas de forma independente.

Quando há superproteção, ao invés de procurar as próprias respostas, as crianças crescem dependendo dos outros, esperando que os seus problemas sejam resolvidos por alguém, sem acreditar que são capazes de resolver por si mesmos as questões. Muitos acabam tendo dificuldades em comunicar-se, expressar suas opiniões e ter iniciativa.

Quando, por exemplo, impedimos os filhos de participar de atividades sociais, como passeios escolares, estamos transmitindo a eles que o mundo é perigoso, que a criança não está segura longe dos pais e, assim, passamos a eles nossos próprios medos. Isso pode gerar insegurança e dificuldades de socialização.

 

Abaixo, separamos algumas consequências provocadas pela superproteção:

  • Impede que as crianças amadureçam;
  • Ameaça a autoestima das crianças;
  • Educam e crescem filhos dependentes;
  • Podem causar ansiedade e depressão nos filhos;
  • Geram estresse nos filhos em vez de aliviá-los;
  • Não ensinam os filhos a enfrentarem as dificuldades da vida.

Deixe que as crianças aprendam sozinhas, com suas próprias experiências, para conseguirem lidar com os desafios deste mundo. Somente assim você poderá ajudá-los a serem pessoas confiantes e mais felizes e satisfeitas com si mesmas.

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