Pesquisa feita no Unianchieta avalia a ação do uso do aparelho de alta frequência e do óleo de malaleuca no controle de culturas celulares do fungo Malassezia furfur.
A dermatite seborreica é considerada uma doença de natureza inflamatória, crônica, e se desenvolve nas regiões de maior produção sebácea, como couro cabeludo, face, tronco e peitoral. Sabe-se que a doença é causada pelo fungo Malassezia furfur, mas ainda não há uma certeza sobre a real causa da patologia.
Foi pensando em formas de ajudar no desenvolvimento de tratamento para essa patologia que a estudante do curso de Estética e Cosmética do Unianchieta, Bárbara Luísa Pincinato, com orientação das professoras Dra. Luciana Urbano e Dra. Érica Ribas, desenvolveu um projeto de Incitação Científica que visa analisar a ação do óleo de malaleuca (Malaleuca altenifolica) e do aparelho de alta frequência no controle de culturas celulares do fungo causador da doença.
“Esse trabalho foi fundamental para o meu aprendizado e desenvolvimento de novos conhecimentos… A professora Luciana Urbano me auxiliou em toda a pesquisa e todo o trabalho foi realizado no laboratório do Unianchieta, com o auxílio do técnico Eduardo, que também foi fundamental para o desenvolvimento do estudo”, comenta Bárbara.
Para avaliar o desenvolvimento da pesquisa, colônias de fungos foram cultivadas e incubadas a 37º C durante 7 dias. Após esse período, as placas com os fungos incubados foram separadas em três grupos, de modo que o primeiro grupo recebeu tratamento com alta frequência; o segundo, tratamento com o óleo de malaleuca; já o terceiro grupo não foi submetido a nenhum tratamento.
Bárbara aponta que “o equipamento de alta frequência é amplamente utilizado em muitos procedimentos da área de Estética, como controle de lesões cutâneas e tratamento capilar. Isso se dá em função de seu fácil manuseio e versatilidade, e por ter um efeito cicatrizante, anti-inflamatório, bactericida e fungicida”.
Já quanto ao uso do óleo, as plantas têm substâncias com ação tóxica que atuam como uma proteção contra seus agentes patogênicos (parasitários ou não), assim a variedade de plantas em que os óleos essenciais podem ser extraídos é vasta, como o alecrim, eucalipto, menta, orégano, cravo-da-Índia e, nesse caso, a malaleuca.
IMAGEM 1 – Fungos do grupo controle (GC)
Fonte: Bárbara Luísa Pincinato.
IMAGEM 2 – Fungos do grupo de tratamento de alta frequência (GAF)
Fonte: Bárbara Luísa Pincinato.
IMAGEM 3 – Fungos do grupo de tratamento com óleo de malaleuca (GC)
Fonte: Bárbara Luísa Pincinato.
As placas com os fungos ficaram incubadas para observação do crescimento das colônias. Bárbara diz que, “após a análise do desenvolvimento do fungo de acordo com o tipo de tratamento recebido, pôde-se inferir que os dois métodos reduziram o crescimento do fungo e interferiram no tamanho celular das leveduras após aplicação. Porém, o óleo de malaleuca não permitiu o desenvolvimento de leveduras para a fase filamentosa”.
Com isso, os resultados do trabalho apontam que os tratamentos sugeridos (alta frequência e óleo de malaleuca) afetam positivamente o crescimento do fungo, contudo o óleo mostrou-se mais eficiente no controle.