Passar horas dentro de casa, em frente à equipamentos eletrônicos, pode causar problemas de saúde graves.

Quando éramos crianças, era comum sair na rua, chamar um amigo para brincar de bola, soltar pipa, brincar de taco, andar de bicicleta ou apenas sentar na calçada para jogar conversa fora. Mas essas brincadeiras e comportamentos, ao longo dos anos, foram deixando de existir por conta de influências tecnológicas e do perigo que é ficar na rua hoje.

Sabe-se que brincar é indispensável para a saúde física e mental de uma criança. Uma matéria divulgada pelo Senado diz que “a brincadeira é um elemento indispensável para uma infância feliz e um importante instrumento de socialização”.

Mas a maior questão ainda é que a maioria das crianças, principalmente as que vivem em regiões metropolitanas, não brincam mais fora de suas casas. Elas preferem ficar em frente às TVs, jogando vídeo game, ou em frente aos seus computadores, tablets e celulares.

Os pais têm papel fundamental na educação e no direcionamento dos seus filhos. Por serem o modelo das crianças, os pais devem ser os primeiros a se policiarem quanto ao uso da tecnologia. Eles devem ter uma voz ativa para explicar às crianças o quão importante é brincar e se divertir com outros colegas e deixar de lado os aparelhos eletrônicos, mostrando que é bom se divertir e brincar de amarelinha, pular corda, andar de bicicleta e jogar queimada com outras crianças.

Há muitos benefícios para a criança quando ela brinca fora de casa, como o desenvolvimento da autoestima, a criação de vínculos com os pais e outras crianças e a criação e entendimento do que é empatia pelos outros. Por meio das brincadeiras, as crianças aprendem também a lidar com problemas, resolver e apresentar soluções, resistir à pressão de situações diversas e socializar.

Uma pesquisa publicada pelo Senado e realizada pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) constatou que 128 crianças que tinham falta de cuidado e pouca interação com outras crianças na hora de brincar apresentaram tamanho reduzido de amígdala e hipocampo — estruturas cerebrais associadas às emoções e à memória — quando comparadas àquelas que foram estimuladas a brincar. Ainda, essa pesquisa mostrou que as crianças que não recebem atenção dos pais têm mais probabilidade de desenvolver estresse na infância, aumentando os riscos de dependência química, alcoolismo e obesidade na fase adulta.

É sempre importante lembrar que a brincadeira na infância é fundamental para o desenvolvimento da criança nos aspectos físico, psicológico e social. A tecnologia deve ser utilizada como aliada na educação e no aprendizado, mas deve ser usada com moderação para não atrapalhar o desenvolvimento de outras áreas. Além disso, os pais devem sempre estar atentos e cuidando de seus filhos. O equilíbrio em todas as etapas da infância e adolescência é fundamental para a criança levar uma vida tranquila e sem pular nenhuma etapa de aprendizado.

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