Já faz tempo que o jornalismo passa por momentos de crise.
Nove anos atrás, o Supremo Tribunal Federal decidiu que não era necessário ter diploma para exercer a profissão. Recentemente, a Editora Abril pediu recuperação judicial, demitindo cerca de 800 colaboradores. Por outro lado, o curso de jornalismo segue como um dos mais procurados em todas as universidades pelo Brasil. O que isso pode significar?
Jornalistas têm um papel importantíssimo na sociedade: trazer informação com imparcialidade. Porém, no cenário atual, o jornalismo parece ter mais espaço quando assume um determinado posicionamento. O jornalista então passa a ter mais um papel, bem comum na internet: o de ser influenciador. Todos somos influenciadores em alguma medida, mas o jornalista alcança mais pessoas, o que potencializa esse papel.
O jornalista possui muito mais responsabilidade pela informação que passa do que o cidadão comum: com ou sem interesse, ele acaba convencendo pessoas com seus argumentos e a sua versão da história. Se você é um estudante que está pensando em entrar na carreira jornalística, convém considerar isso.
Ainda existe mercado para quem deseja ser imparcial. Um estilo relativamente novo de jornalismo trata a verificação de fatos como um nicho específico, coletando e reunindo dados a respeito de determinada informação divulgada, de modo a testar sua veracidade. Recentemente, o Facebook anunciou uma parceria com essas agências de Fact Checking, para filtrar conteúdos falsos que circulam nas redes sociais.
A busca por informação nunca vai se extinguir. O que muda é a forma como as notícias circulam, e o papel do jornalista nunca foi tão relevante quanto nesta época, em que notícias falsas são facilmente espalhadas pela internet.
