A má alimentação pode trazer sérios riscos à saúde. Mesmo com a rotina agitada, certos cuidados não devem ser postos de lado.

Para aqueles que trabalham e estudam, é muito comum sair do trabalho com pressa, comer um salgado e tomar um refrigerante no caminho, porque até chegar à faculdade não vai dar tempo de comer alguma coisa que sustente, sem contar que bares e lanchonetes próximos às instituições de ensino se tornam a solução mais prática nesse momento de correria.

A professora Dra. Júlia Figueiredo Machado, coordenadora do curso de Nutrição do UniAnchieta, afirma que por conta da correria cotidiana, grande parte da população acaba substituindo o almoço ou o jantar por um lanche de baixo valor nutritivo, como pizzas, sanduíches e salgados fritos. Além disso, existe um alto consumo de alimentos industrializados pela população entre as grandes refeições. Esses alimentos são ricos em gorduras saturadas e trans, açúcar, sódio e conservantes, os quais estão associados ao aparecimento de doenças como obesidade, câncer, diabetes e hipertensão.

Mudar esse quadro não é tão difícil. Para a professora Júlia, o ideal é reduzir o consumo de alimentos processados e preferir alimentos naturais, como frutas e hortaliças. Para isso, as pessoas devem criar uma rotina alimentar, estabelecendo horários para cada refeição, incluindo um mínimo de cinco refeições por dia (desjejum, colação, almoço, lanche e jantar). Uma sugestão simples é consumir nos lanches as frutas fáceis de levar ao trabalho ou à escola, como banana, tangerina, maçã, pera, caqui, de preferência da época, por serem mais baratas. Para o almoço e o jantar, a sugestão é preparar uma marmita ou procurar bons restaurantes. Deve-se incluir no prato salada de folhas, legumes, carboidrato (arroz ou massas ou raízes e tubérculos), proteína (ovos ou carnes magras) e grãos (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja).

Além disso, é muito importante não se esquecer do café da manhã. “Um bom café da manhã auxilia muito nesse processo de mudança de hábitos alimentares, pois o jejum noturno precisa ser quebrado, o corpo precisa de um reabastecimento de nutrientes para o seu bom funcionamento, e logicamente isso interfere no rendimento nos estudos. No desjejum, deve-se escolher um alimento de cada grupo alimentar, pão ou cereais, leite ou derivados e frutas”, orienta a professora.

Atualmente, as marmitas voltaram a ser as aliadas quando o assunto é uma boa alimentação. Com isso, muitas pessoas adotaram a prática de preparar e armazenar as refeições da semana toda, assim economizando no tempo de preparação. Contudo, a professora Júlia alerta que essa prática pode ter alguns pontos negativos relacionados a alimentos que não podem ser congelados, como as saladas, batatas e ovos. A dica é utilizar substitutos que possam ser congelados. Já as saladas podem durar na geladeira até cinco dias sem temperos. Não há perdas significativas de nutrientes, desde que alguns cuidados sejam tomados:

  • Quem vai transportar a refeição deve usar uma bolsa térmica e recipientes adequados, como potes de vidro ou de plásticos especiais, que ao serem aquecidos ou resfriados, não liberem substâncias prejudiciais à saúde;
  • As refeições cozidas de segunda e terça-feira vão para a geladeira; as refeições de quarta, quinta e sexta devem ser congeladas e descongeladas apenas na noite anterior ao consumo.

Ainda assim, quem trabalha durante o dia e estuda à noite pode ter dificuldade de armazenar ou de aquecer os alimentos. Algumas alternativas são propostas pela professora: “Prepare refeições frias e saudáveis, como saladas diversificadas, com folhas, batatas, atum, frango, verduras e sanduíches naturais. Sempre conservar as refeições em bolsas térmicas. Ou ainda, o estudante pode procurar alimentos saudáveis nas cantinas, como os lanches naturais e as saladas de frutas”.

Evitando alimentos muito calóricos e pobres em nutrientes, preparando as refeições antecipadamente, não pulando nenhuma delas e mantendo-se hidratado, fica mais fácil manter hábitos alimentares saudáveis e o corpo em equilíbrio para enfrentar bem a rotina de trabalho e estudos. Além disso, consultar um médico regularmente é importante para verificar se está tudo em ordem com sua saúde.

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