Estudos na área da educação apontam que a participação efetiva de pais e responsáveis na vida escolar dos filhos é essencial para um melhor desempenho deles em sala de aula.

Em vista da rotina e das tarefas diárias, muitos pais se encontram na situação difícil de encarar uma longa jornada de trabalho e ainda cuidar dos afazeres de casa, o que por vezes resulta em um posicionando mais afastado quanto às obrigações escolares dos filhos. Essa situação não acontece apenas com famílias menos favorecidas socialmente, e é um ponto de extrema importância na formação escolar das crianças e adolescentes.

A concepção de família e a relação entre pais e filhos já não é a mesma de anos atrás. As mulheres alcançam cada dia mais sua estabilidade profissional, a estrutura familiar muitas vezes não é mais aquela de pai, mãe e filhos, e o relacionamento entre pais e filhos fica cada dia mais prejudicado devido à rotina profissional dos pais.

Além dessas mudanças no âmbito familiar, a escola também vem sofrendo mudanças conceituais nos últimos 30 anos, partindo da redemocratização da escola nos anos 1980, que abriu esse espaço para diferentes camadas sociais, e das políticas de ensino que foram surgindo desde então.

É evidente que a participação dos pais na educação escolar dos filhos se faz mais presente nos anos iniciais da educação básica, quando a criança ainda é dependente, o que tende a diminuir no decorrer dos anos, quando o jovem vai criando uma suposta independência escolar, sendo quase nula a participação dos pais ou responsáveis em algumas comunidades escolares durante os anos finais do Ensino Fundamental II e todo o Ensino Médio.

Quanto ao papel da família no desenvolvimento escolar dos filhos, a pesquisa Família/escola: a importância dessa relação no desempenho escolar, de Maria Ester do Prado Souza, realizada em 2009 e publicada no Portal Dia a Dia Educação, da Secretaria da Educação do Estado do Paraná, mostra que “crianças que percebem que seus pais e/ou responsáveis estão acompanhando de perto tudo o que está acontecendo, que estão verificando o rendimento escolar […], apresentam melhor desempenho nas atividades escolares” (p. 15), confirmando a importância desse acompanhamento por parte dos pais.

Por outro lado, a escola exerce um papel de mediadora entre a família e a sociedade. Como aponta a autora, “a escola é para a sociedade uma extensão da família, porque é através dela que a sociedade consegue influência para desenvolver e formar cidadãos críticos e conscientes” (p. 17). Nesse sentido, nenhuma instituição, seja escolar ou familiar, deve tomar o lugar e as obrigações da outra, mas se complementarem, de forma que tragam benefícios às crianças e adolescentes.

botao-escolas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor escreve seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui