Os estudos em neurociência podem impulsionar o desempenho dos estudantes.
Cada pessoa absorve os conteúdos e aprendizados de uma forma única. Alguns têm mais facilidade em matemática e outros em português. Isso é normal e faz parte da personalidade, ritmo e metabolismo cerebral de cada um.
Sabe-se que, ainda hoje, muitos educadores, professores e demais profissionais da área da educação transmitem os conhecimentos de forma unificada e sem personalização para cada indivíduo. Isso é o resultado de um modelo escolar adotado em nosso país e do desconhecimento, até então, por parte dos educadores, sobre a neurociência e seus benefícios para a sala de aula.
A neurociência estuda o sistema nervoso central, bem como suas funcionalidades, estrutura, fisiologia e patologias. Pensando na neurociência para os processos de aprendizagem, ela se torna uma ferramenta muito rica para os profissionais de educação, já que, por meio desses estudos, é possível identificar o perfil de cada pessoa e entender como o cérebro processa a aprendizagem.
Além disso, a neurociência possibilita também a identificação de oportunidades para aperfeiçoar as relações entre professores e alunos, além de encontrar melhores formas para transmitir os conteúdos. Com a neurociência, também é possível personalizar o ensino para cada aluno, observando quais são as necessidades, dificuldades e habilidades dos alunos, moldando os estudos para um melhor aproveitamento de ambas as partes envolvidas.
Para Alfred Sholl Franco, professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do projeto Ciências e Cognição – Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (CeC-NuDCEN), a neurociência ajuda a conhecer melhor as pessoas e, a partir dessas informações, torna-se possível produzir processos de ensino e aprendizagem mais eficazes.
Ele também destaca que “o papel da neurociência não é produzir metodologias para facilitar o aprendizado, o que cabe a outros profissionais, como pedagogos, mas sim levantar informações e conhecimentos que embasam esses processos”.
Como exemplo: um aluno tem dificuldades em aprender matemática. Se o professor tiver a habilidade e o conhecimento sobre neurociência, ele poderá personalizar as atividades de cálculos especialmente para este aluno. Assim, o aluno aprenderá a matéria de forma única, terá suas dúvidas esclarecidas com mais facilidade e o professor prestará um serviço mais qualificado e eficaz.
Com os conhecimentos da neurociência aplicados na educação, o professor pode oferecer um ambiente que proporcionará ao aluno diferentes estímulos do ponto de vista intelectual e emocional. Daí a necessidade de o educador estruturar o ensino de modo que os alunos possam construir adequadamente os conhecimentos a partir de suas habilidades mentais. E, para isso, é imprescindível que os professores conheçam os estudos da neurociência, uma vez que esses influenciam na compreensão dos processos de ensino-aprendizagem.
De modo geral, a neurociência traz para a sala de aula o conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, as interpretações das imagens que fazemos mentalmente, as imagens que formam o pensamento e o próprio desenvolvimento infantil. Assim, a neurociência pode ser utilizada em diversas áreas de estudos, no mercado profissional e para o próprio conhecimento de si.
Agora que você descobriu um pouco sobre a relação entre a neurociência e a educação, o que acha de estudar a fundo esse tema? O Unianchieta oferece um e-book completo e um curso de pós-graduação em Neurociências em Educação! Acesse o link para saber mais informações sobre o curso e baixar o e-book!