Pesquisas apontam que os chás podem ajudar pacientes com hiperglicemia e na diminuição da gordura corporal.

Após anos de crescimento, o índice de obesidade no Brasil estagnou, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim, o número de pessoas obesas ou com sobrepeso é preocupante. Em busca de alternativas para auxiliar o combate à obesidade e às doenças causadas por ela, Lígia Prestes Fernandes, estudante do curso de graduação em Nutrição do Unianchieta, orientada pelos professores Dr. Humberto Spindola e Ma. Flávia Infante, realiza pesquisa sobre como a ingestão dos chás verde e matcha ajuda na redução de gordura corporal.

“No ano anterior [2018], estudamos o matcha e o chá verde. Nessa primeira pesquisa, selecionamos dois grupos com dez pessoas cada. Durante 40 dias ininterruptos, um grupo tomou o chá verde e o outro tomou o matcha.  Nós queríamos avaliar se os voluntários perderiam peso e/ou teriam alterações nos exames de sangue (glicose e colesterol) sem seguir uma dieta e sem fazer exercícios físicos”, diz Lígia.

Os resultados dessa primeira pesquisa apontaram que ambos os grupos diminuíram o índice de glicose e tiveram os valores de triglicerídeos diminuídos, indicando que os chás, advindos da mesma planta, Camellia sinensis, podem ajudar pacientes com hiperglicemia, isto é, pré-diabéticos e diabéticos.

Diante desses resultados, a estudante ingressou em uma segunda iniciação científica como bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), investigando, desta vez, apenas as propriedades do matcha por ter mais polifenóis que o chá verde e buscando entender se essa quantidade superior de polifenóis torna o matcha mais eficiente na oxidação de lipídeos e como a sua ingestão auxilia na diminuição da gordura corporal.

Para isso, foram recrutados três grupos com 13 voluntários cada, todos praticantes de atividade física de força. Para chegar ao resultado esperado, os voluntários foram divididos da seguinte forma: o grupo 1 apenas treinava e não ingeria o chá; o grupo 2 treinava e tomava o chá; e o grupo 3 treinava, tomava o chá e seguia orientações nutricionais.

Lígia comenta que “a cada 45 dias, os voluntários eram reavaliados, e foram tiradas medidas antropométricas, ou seja, peso, valores de massa magra, massa gorda, circunferência da cintura e pregas cutâneas, que usamos para avaliar a gordura local dos voluntários. Dessa vez, não avaliamos dados bioquímicos, de sangue, porque queríamos nos concentrar em diminuição da gordura corporal”.

A segunda pesquisa está na fase de análise dos dados, mas já foi possível observar uma redução de massa gorda no grupo 3, que ingeriu o chá, seguiu orientação de dieta e praticou exercícios físicos.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor escreve seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui