Falar do ataque de pânico e da ansiedade são temas comuns entre as pessoas que relatam já ter passado por esse tipo problema por um período na vida ou passaram por esses distúrbios com algum ente querido ou amigo.

Foi publicado na Revista Veja uma matéria dizendo que o nosso país recebe o título de campeão mundial de transtorno de ansiedade. Segundo a OMS, quase 10% do total da população convive com esse distúrbio e que no mundo já somam 264 milhões de pessoas com a doença.

O ataque de pânico e crise de ansiedade são alguns dos problemas psicológicos que podem interferir na vida de adolescentes e adultos. Outro número que vem crescendo também e que está preocupando os pais e educadores, é a quantidade de estudantes do ensino superior que estão enfrentando problemas psicológicos. Segundo uma pesquisa publicada pelo site HuffpostBrasil, 30% dos alunos que estão em graduação em instituições federais estão procurando atendimento psicológico e isso se estende também para as instituições privadas. E mais de 10% tiverem que passar pelo uso de algum medicamento psiquiátrico.

Esses alunos começam a passar por problemas como: uma crise nervosa, uma gastrite que pega o estômago, e distúrbios no corpo que podem levar o estudante a ter enjoos e vômitos e então, parar de se alimentar adequadamente por não ter fome e consequentemente gerar problemas mais sérios de saúde. Os problemas vão além quando os estudantes acreditam que podem lidar com tudo isso sozinhos, sem ajuda, e começam a ter ataques de pânico por estarem isolados ou em alguma situação difícil ou uma crise de ansiedade por sofrer por antecipação a uma prova ou  trabalho a ser apresentado.

Os motivos reais de todo esse distúrbio psicológico são desconhecidos, mas acredita-se em alguns motivos:

  1. Crise do modelo de vida: os estudantes passam por boa parte das suas vidas se dedicando ao estudo para entrar em uma faculdade ou conseguir uma bolsa, e aí pode começar o sofrimento psíquico associado ao modelo de vida que outras pessoas levam e chegar a um questionamento: “será que valeu a pena todo esse estudo para estar onde estou hoje?” É como se os alunos abrissem mão da sua vida equilibrada para buscar uma posição em que todos são impostos a estar.
  2. As mudanças: os estudantes que querem cursar a graduação, muitas vezes passam por mudança de cidade para estarem mais perto da faculdade e não ter um deslocamento diário muito longo. Segundo a V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduandos (as) das IFES,  80,2% dos estudantes estão em moradias estudantis. Essas mudanças podem afetar muito o psicológico dos alunos que estarão fora do seu ambiente de costume e longe de todos aqueles que sempre foram referências para sua vida: seus pais, familiares e amigos.
  3. Pressão sobre ir bem na faculdade: os estudantes que entram na graduação começam a sofrer pressão por seus pais, professores e pela vida a irem bem nos estudos e sempre tirarem notas boas para futuramente estarem em uma posição favorável no mercado de trabalho. Essa pressão pode virar um grande distúrbio emocional para o  estudante por ele se cobrar tanto um resultado positivo. É evidente que ir bem é uma obrigação do estudantes, porém, tudo deve ser dosado para não se tornar excessivo.

Os pais e educadores devem sempre estar atentos aos sinais que os estudantes passam vir a ter. As doenças psíquicas são perigosas pois afetam todas as áreas da saúde do ser humano e levam a sérias consequências se não tratadas e quanto antes diagnosticada, melhor para começar o tratamento e eliminar a necessidade de uso de remédios.

Nesta fase da graduação, os estudantes merecem muita atenção, pois, já estão passando por pressão demais com as notas e muitas vezes por estar longe de casa. Os pais devem ficar atentos e se precisarem de alguma orientação para a sua vida ou para a de seus filhos, podem contar com o atendimento psicológico oferecido pelo centro de psicologia aplicada do Anchieta.

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