Como esse contato pode ajudar no desenvolvimento da criança na escola.

Uma das maiores preocupações dos pais, quando o filho ingressa na escola, é a forma como ele vai se comportar nesse ambiente novo e como será o relacionamento dele com as demais pessoas do círculo escolar.

Um dos papéis do professor no ambiente escolar é, na medida do possível, trazer conforto e tranquilidade para os responsáveis. É o professor quem fará a transição da criança do ambiente familiar para o ambiente escolar. Por isso, é muito importante que o professor seja um verdadeiro amigo e transmita às crianças a confiança e os ensinamentos necessários para cada etapa escolar.

A professora das Faculdades de Educação e Psicologia e da pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maria Isabel Pedrosa, explica que o vínculo é uma relação afetiva preferencial que se estabelece entre o aluno e o seu professor. Ela lembra que, à medida que cresce, a criança amplia o forte apego dos primeiros anos de vida aos pais para outras pessoas e o apego passa então a ser chamado de vínculo. Nesse contexto, segundo a professora, o vínculo é uma relação em que o professor passa a ser uma espécie de amigo preferido no espaço escolar.

Com a criação desse vínculo, a criança passa a se sentir mais solta, se relacionar com mais facilidade com os demais alunos e a desenvolver mais rapidamente suas habilidades estudantis. Esse vínculo também gera nas crianças segurança e faz com que o medo de errar, por exemplo, seja algo normal. Os professores que conseguem manter esse relacionamento com as crianças tendem a mantê-las mais calmas, ensinar com mais tranquilidade e ser um exemplo positivo na vida delas.

Se a existência do vínculo favorece a criança em diversos aspectos, a sua falta pode comprometer o desenvolvimento infantil na mesma proporção. Elaine Barreto, que é mestra em Educação pela Faculdade de Educação da USP e coordenadora dos cursos de Letras e Pedagogia do Unianchieta, explica que, nesse caso, a criança pode se conter e deixar de desenvolver suas possibilidades: se ela tem uma dúvida, não vai perguntar; possivelmente terá baixa interação com as outras crianças e ficará afastada do grupo; sua autoestima poderá ser comprometida e a criatividade afetada por medo de se expor; bebês e crianças menores poderão ter aspectos motores prejudicados, tanto na coordenação ampla – o andar, o correr, o pular – quanto na coordenação fina – do desenho, da escrita. Tudo isso compromete o desenvolvimento cognitivo da criança e pode comprometer sua vida escolar.

Os pais também devem estimular o contato entre seus filhos e os professores. Isso fará com que a criança entenda a relação de todos os envolvidos, sejam eles os pais, professores e demais crianças e se sinta ainda mais segura e confortável.

 

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