Prof. Dr. Vinicius Hirota – Coordenador do curso de Educação Física.

Com as mudanças tecnológicas que aconteceram vertiginosamente em nosso estilo de vida, quase sempre estamos procurando motivos para nos prender às questões que muitas vezes nos dão mais prazer, como os smartphones, ou pontos nos quais as soluções são imediatas. As questões relacionadas à saúde vão na contramão do imediatismo, e sabemos que cultivar hábitos continuamente saudáveis, como alimentação balanceada, quantidade de horas de sono adequada, prática de atividade física regular, entre outros, poderá levar o ser humano a ter uma melhor qualidade de vida. Em Foco neste momento estão as crianças. Que muitos dos motes levantados nesta reflexão possam sensibilizar seus pais e responsáveis.

Em estudos realizados pelo Grupo de Estudos de Educação Física no Desenvolvimento Infantil (GEEFIDI – UNICAMP) com crianças e adolescentes tanto com peso normal quanto com sobrepeso, correlacionando diferentes tipos de atividades físicas (atividades que exigiam velocidade, agilidade ou força), foi evidenciado que todas as crianças têm a mesma motivação para a prática de atividade física, estando elas abaixo do peso, com peso normal ou acima do peso, mas o tipo de atividade física, principalmente na escola, deve ser condizente com a demanda. Além de se levar em consideração a cultura corporal do movimento humano, podemos ofertar atividades físicas que não exijam um elevado nível de condicionamento físico das crianças, que sejam moduladas a suas possibilidades. Nos estudos relatados foi observado que tanto as crianças de peso normal como as que estavam acima do peso tiveram resultados similares em testes de velocidade e em testes de força, ou seja, em atividades de potência anaeróbica, como uma corrida curta ou lançamento de um objeto, todos têm os mesmos resultados. Se exemplificarmos com uma atividade de pega-pega, quanto maior for o número de piques e a distância variada entre eles, maior a possibilidade de pausas entre as corridas, portanto, aumentando a possibilidade de sucesso das crianças que estão acima do peso, pois elas poderão se deslocar e pausar quando quiserem, lembrando que quanto menor for a quantidade de piques, maior será a intensidade da atividade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de atividade física por pelo menos uma hora diária. Sabemos que as atividades devem estar relacionadas ao movimento, portanto as atividades expansivas e em locais abertos são de grande valia para a promoção de aspectos relacionados a saúde, melhora das habilidades motoras, socialização, melhora da qualidade de vida e, acima de tudo, a busca de adaptações crônicas no modelo de vida de futuros indivíduos ativos, ou seja, plantando a semente da prática de atividade física nas crianças, com certeza teremos adultos mais ativos e cultivando hábitos saudáveis, consequentemente reduzindo a obesidade e doenças relacionadas a hipertensão e diabetes, entre outras. Não fique parado, vamos nos mover!!!!

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