A criatividade é uma faculdade transformadora, por isso a escola deve estimular o pensamento criativo.
Para quem acompanha crianças nos anos iniciais da educação básica, o que mais se vê é criatividade para todos os lados. Nessa idade, quando falamos em criatividade, pensamos em atividades livres, como os desenhos, em que a criança fica totalmente à vontade com o ambiente, com os materiais disponíveis, e, a partir disso, recria tudo ao seu redor.
Com o passar dos anos, pode-se observar que os indivíduos, em geral, dão menos espaço à criatividade. Como um bloqueio, o que muito se ouve é “não tenho criatividade” ou “isso não vai dar certo”.
Criatividade não é coisa de artista ou de inventor, apenas. A criatividade está em todos, e é recurso de transformação dos seres humanos, uma vez que ser criativo provoca um rompimento e mudanças nos padrões de pensamento.
A psicóloga Regina C. Drummond, no artigo Criatividade inteligente, escreve: “A verdade é que todos somos criativos, e que podemos transformar em seres mais flexíveis e imaginativos à medida que desenvolvermos pensamentos inovadores e produtivos, que nos conduzam a obter soluções criativas para os nossos problemas, possibilitando a criação de um mundo e uma melhor sociedade.”
A criatividade irá se manifestar se a oportunidade e as condições necessárias também aparecerem. Daí a importância, na escola, do estímulo, da inserção de desafios, de problemas que possam ser resolvidos criativamente. Se durante os primeiros anos escolares a criatividade está à flor da pele, nos anos finais os alunos precisam ser instigados, não apenas com aulas diferenciadas, como aulas de música ou aulas de arte, mas com os próprios conteúdos de cada disciplina.
A escola deve ser um local seguro, no qual ideias, sentimentos e ações possam ser expostos, além de ter uma metodologia que incite esse pensamento criativo. Em seu texto, Regina C. Drummond ainda afirma, que “[…] por ser uma qualidade humana, acreditamos que a criatividade gera novos significados e sentidos que enriquecem a compreensão e o desenvolvimento do ser humano”.
