A universidade, assim como seu nome sugere, como sendo uma qualidade ou condição universal, é o sonho de muitos jovens brasileiros, que pertencem às mais diversas camadas e grupos sociais e que trazem para o ambiente acadêmico suas próprias culturas individuais.
As mudanças que vêm acontecendo em nível mundial nas últimas décadas, tanto no campo social como nas ferramentas tecnológicas e seus impactos na sociedade, acarretam uma mudança dos papéis e missões desempenhados pelas instituições sociais, sendo uma delas a universidade.
Com essas mudanças de perspectiva sobre os valores sociais, é imprescindível a criação de novos espaços, capazes de abraçar as diferenças. Assim, a universidade, como formadora de sujeitos capazes de modificarem o estado atual da sociedade, é o lugar privilegiado para a discussão de questões acerca da cultura, ou melhor, das múltiplas culturas existentes na sociedade e como elas são vistas e inseridas no ambiente acadêmico.
Com base em pesquisas voltadas para o papel da universidade no século XXI, é possível afirmar que a universidade deste século está cada vez mais envolvida em trabalhos e atividades empreendedoras que resultem em benefícios sociais. Ana Maria Nunes Gimenez e Maria Beatriz Machado Bonacelli, autoras do artigo Repensando o papel da universidade no século XXI: demandas e desafios, ressaltam que “esses desafios são um fenômeno mundial e que as soluções não podem ser universais, pelo contrário, cada país, cada região, cada universidade, deverá encontrar o modelo mais adequado à sua realidade e aos seus propósitos” (Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/2623).
Nesse sentido, é fundamental que toda a comunidade acadêmica reflita sobre a diversidade presente nesses ambientes de formação e sobre como os sujeitos tratados como desiguais na sociedade interferem, participam, ocupam os espaços e desafiam outras produções de conhecimento dentro desses espaços, quebrando barreiras sociais existentes.
