Jogos como Minecraft, God of War, Pokémon Go e League of Legends não são vistos mais apenas como entretenimento. Nos últimos anos, os games ganharam espaço nas salas de aula e vêm transformando a prática de ensino de muitos professores.
Os jogos pedagógicos, desenvolvidos para abordar determinados conteúdos escolares, estão perdendo espaço para os games da vida real. Uma das alternativas de diversos professores para trazer conteúdos significativos para a sala de aula e motivar os estudantes é apostar em jogos digitais, como Minecraft, SimCity, Pokémon Go, dentre outros. Para os alunos, que nasceram junto com a ascensão dos games e acompanham de perto o desenvolvimento dos jogos digitais, tal prática é vista com bons olhos, uma vez que une estudos e diversão.
De acordo com entrevistas com professores e diretores de diferentes escolas realizadas pelos jornais Estadão e O Globo, os games podem ser utilizados em todas as disciplinas e podem ser aproveitados de várias maneiras. O professor pode trabalhar a mitologia grega a partir do contexto de God of War, noções da Física a partir de jogos como Angry Birds, noções de Matemática partindo de Pokémon Go e Minecraft, e até mesmo conceitos de Arte a partir dos gráficos e ilustrações dos games.
Com a popularidade do jogo nas escolas, Minecraft ganhou uma nova versão em 2016, o Minecraft: Education Edition, que foi projetado especialmente para a sala de aula. É possível fazer o download de planos de aula pelo próprio site (https://education.minecraft.net/). Os planos são elaborados considerando-se a faixa etária dos alunos, as habilidades esperadas para cada ano e também as diferentes disciplinas.
Essa tendência dos games na sala de aula tem gerado resultados positivos para as comunidades escolares, e muitas pesquisas sobre o tema estão sendo realizadas. O próximo passo é fazer com que essa prática se torne acessível a todos os envolvidos e transforme positivamente a maneira de aprender e ensinar de muitos alunos e professores.
